Sejam bem vindos

O informativo do Projeto Espalha tem como objetivo levar aos leitores informações sobre o andamento de suas atividades e notícias sobre Meio Ambiente. O projeto foi uma iniciativa louvável dos 15 associados proprietários das fazendas que margeiam o Córrego Espalha, é mantido pela empresa Kinross Paracatu e conta ainda com apoio de outros seis parceiros, todos trabalhando de forma integrada para a recuperação e preservação dos mananciais de água da Bacia do Espalha. Entre, informe-se, comente, fique a vontade!

terça-feira, 23 de março de 2010


Educação Ambiental

A Secretaria do Meio Ambiente tem promovido, desde outubro, a divulgação do projeto entre alunos e professores de instituições de ensino de Paracatu. A iniciativa tem o objetivo de apresentar ao referido público as ações conservacionistas que estão sendo desenvolvidas na Bacia do Espalha, conscientizando-os dos benefícios ambientais angariados e motivando-os a atuar na conservação do meio ambiente. Alunos e professores são levados a Fazenda Espalha, propriedade de Nemer Nazar, onde conhecem nascentes, a estação fluviométrica e seu funcionamento, curvas de nível e barraginhas e sua estruturação no momento das obras, além das áreas de recuperação e preservação.

Aproximadamente 120 alunos, dentre ensino fundamental e técnico, participaram das visitas, que se mostraram satisfatórias e atenderam aos objetivos inicialmente propostos.

sábado, 20 de março de 2010


Crosta terrestre era mais sólida e fria na infância do planeta


A crosta terrestre era mais sólida e fria do que se pensava no período Arqueano, a "primeira infância" do planeta, há mais de 2,5 mil milhões de anos, segundo um estudo hoje publicado pela revista "Nature".
Uma equipa de investigadores dirigida por Jean François Moyen, da Universidade de Stellenbosch (África do Sul), descobriu provas de actividade tectónica, constituída por movimentos de placas sólidas e densas à superfície da Terra, em rochas daquele período na região de Barberton, no leste do país.
Durante o Arqueano, compreendido entre há 3,8 e 2,5 mil milhões de anos, a crosta terrestre era ainda muito móvel, agitada por fortes correntes de convecção (transferência de energia calorífica através de um líquido ou de um gás).
Os blocos continentais emergiram lentamente, nomeadamente por acumulação de sedimentos, para se reunirem há cerca de 650 milhões de anos num supercontinente, o Rodínia.
As pedras analisadas pelos geólogos de Stellenbosch demonstraram pela primeira vez um fenómeno de subducção num terreno tão antigo.
A subducção implica que uma placa densa, portanto arrefecida, se afunda debaixo de outra, mais leve, e regressa às profundezas do manto. É então submetida a pressões e temperaturas muito elevadas, o que provoca uma alteração da natureza das rochas, ou metamorfismo.
No terreno arqueano de Barberton, os geólogos encontraram compostos metamórficos de granada e albite que testemunham, segundo afirmam, pressões de 1,2 a 1,5 Gigapascals (GPa) e temperaturas de 600 a 650ºC.
A tectónica das placas é hoje em dia aceite como esquema global da dinâmica terrestre, mas os geólogos desconhecem desde há quanto tempo funciona e pensavam que ainda não operasse no Arqueano.


Dados de nível e vazão do Córrego Espalha

A IRRIPLAN Engenharia Ltda., por solicitação do presente projeto, instalou em agosto de 2009 uma estação fluviométrica no ponto mais a juzante do Córrego Espalha ainda localizado dentro das propriedades da associação.

A estação fluviométrica foi instalada na margem direita do córrego Piedade, próxima a sede da fazenda de Nemer Nazar. Foram instalados 3 (três) lances de réguas limnimétricas e dois RNs (referências de nível), com um parafuso de ferro fixado em base de concreto. Após a instalação dos lances, realizou-se as atividades de nivelamento, ajuste das réguas limnimétricas e levantamento topobatimétrico da seção transversal. A operação da estação fluviométrica está sendo efetuada por um funcionário da fazenda, que faz leituras precisas e confiáveis nas réguas limnimétricas das estações, diariamente, as 07h00min e as 17h00min. A medição de descarga líquida foi realizada conforme normas usuais preconizadas pela CEMIG e o antigo DNAEE, com molinete Gurley-Price.


Georreferenciamento de curvas de nível e barraginhas

Um grupo fixo de professores (Agrônomo MSc. Ricardo Braz e a Bióloga MSc. Daniela Beatriz) e alunos dos cursos de Engenharia Ambiental (Cristiano Drumond; Fabrício Silva e a Adriane Maito) e Agronomia (Thiago Cortes) da FINOM deram início, na segunda semana de outubro, ao georreferenciamento das curvas de nível e barraginhas construídas pelos parceiros do projeto, além de curvas de nível e barraginhas já existentes nas propriedades, anteriores às obras do projeto.

Com auxílio de aparelhos GPS (Garmin Etrex Legend), foram obtidas as coordenadas geográficas de barraginhas e curvas de nível, sendo nestas últimas os pontos foram obtidos em intervalos de 30 metros. Toda a propriedades de Miguel Ângelo e parte da propriedade de José Londe já foram percorridas, sendo esperado que todas as obras sejam georreferenciadas até o fim do primeiro semestre de 2010.

sábado, 6 de março de 2010

Curiosidades

Interferência do crescimento urbano no processo hidrológico

O acelerado processo de crescimento do desenvolvimento urbano nas últimas décadas tem causado muitos impactos sobre os processos hidrológicos das cidades. Através do aumento das superfícies impermeáveis impulsionado pelo crescimento urbano causada pelas construções civis e das vias asfálticas, inclusive nas margens de rios e córregos que cortam a cidade.
Por estas razões, planejar adequadamente o uso das bacias urbanas e a ocupação da terra, levando em consideração seu desenvolvimento futuro, tem sido fundamental. Na tentativa de conciliar crescimento urbano e meio ambiente. A idéia é fazer um levantamento sobre as chuvas e seu escoamento ao longo dos anos, que mede a precipitação, a variação do nível do rio, sua vazão, o quanto é retido pelo solo e o quanto passa na sessão de controle.
É notadamente importante propor que várias obras de drenagem precisam ser feitas na região devido a inadequada impermeabilização no solo, gerando gastos para o município, sendo que a manutenção dos rios teria sido muito mais econômica e eficiente para a preservação das bacias do meio ambiente da cidade como um todo, uma vez que é a recarga do aqüífero que garante que as nascentes sejam preservadas e os rios sobrevivam.

Recuperação de áreas de nascente e mata ciliar

Funcionários e pesquisadores do IEF e da UNB, através do CRAD, tem realizado o cercamento e plantio de mudas de espécies nativas (aroeira, baru, ipê, jatobá e pequizeiro) para recuperação de áreas de nascente e pastagem das propriedades de José Londe com área de 1 hectare e 1.110 covas/muda e Nemer Nazar com área de 2 hectare e 2.220 covas/mudas.

Plantios que foram realizados em janeiro deste ano estão sendo monitorados, por meio da tomada de medidas de altura, desde o solo até a última gema apical; copa, em duas medidas cruzadas; e diâmetro, este último medido com auxílio de paquímetro digital. As medições estão sendo feitas ao final dos períodos chuvoso e seco.



Aos associados do Espalha

A kinross Paracatu doou aos associados do projeto espalha um trator da marca New Rolland e outros sete implementos agrícolas, que são: carreta agrícola basculante, pulverizador, grade de disco, distribuidor de calcário e adubo, arado subsolador, ensiladeira e sulcador. Estes implementos se encontram na sede da Fazenda Espalha, propriedade do Nemer Nazar.

Esta doação dos implementos agrícolas foi feita com o intuito de intensificar o uso das áreas agricultáveis em uso para a pecuária de leite e corte bem como fomentar o desenvolvimento sustentável dos Produtores Associados da Bacia do Córrego Espalha, firmando o compromisso com a preservação ambiental.

Histórico e Localização

A sub-bacia do Córrego Espalha está situada no Município de Paracatu, estado de Minas Gerais, fazendo parte da Bacia do Córrego Rico. Trata-se de uma área de proteção especial - APE, segundo o Decreto Nº 29.587 de 8 de junho de 1989. A bacia hidrográfica do Córrego Espalha possui uma superfície total de 40 km2 e abrange a vertente do Córrego Espalha, limitando-se, ao norte com a Rodovia BR 040; a leste com o perímetro urbano de Paracatu: a oeste com a serra da Anta e ao sul com a Serra da Contagem e com a rodovia MG-188, respectivamente. Durante um longo período, as águas do Córrego Espalha foram utilizadas como fonte de água potável para município de Paracatu, através de captação e tratamento efetuados pela COPASA. Atualmente o sistema de captação e adução encontra-se desativado. O Ribeirão Santa Isabel é atualmente o principal manancial de água potável utilizado pela população de Paracatu.

Fazem parte da bacia do Córrego Espalha, os córregos do Moura e do Urubu. O Córrego Espalha deságua no Córrego Rico dentro do perímetro urbano de Paracatu, sendo responsável pela manutenção da vazão de 80% do Córrego Rico, haja visto que o Córrego Rico é considerado um Córrego de 3º grandeza enquanto o Espalha é classificado como de 4º grandeza.

sábado, 27 de fevereiro de 2010


Desenvolvimento Sustentável: 30 anos

O conceito de desenvolvimento sustentável é um aniversariante incansável. Tem gente que acha que ele é jovenzinho e comemorou os seus 20 anos em 2007, lembrando de seu nascimento oficial no relatório Nosso Futuro Comum da Comissão Brundtland. Mas há também quem se lembre que o termo desenvolvimento sustentável já ainda mais velhinho do que aparenta. Na verdade ele estaria neste ano comemorando 30 anos! Isso é o que nos conta comunicado lançado nesta sexta-feira pela União Mundial para Conservação da Natureza, ou IUCN para os íntimos.

De acordo com a IUCN, a primeira vez na qual a famigerada combinação entre desenvolvimento e sustentabilidade ocorreu foi durante o lançamento da Estratégia Mundial de Conservação em marco 1980. Naquela ocasião, os conservacionistas traçaram as prioridades para manutenção dos recursos naturais para as futuras gerações.

Mas como se sabe, nem tudo saiu como o esperado. "Trinta anos após que a Estratégia Mundial de Conservação nos trouxe o termo desenvolvimento sustentável, recursos naturais continuam diminuindo, com efeitos dramáticos, e quase sempre irreversíveis, sobre o meio ambiente , economias e sociedades ao redor do mundo", avalia o chefe do Programa de Manejo de Ecossistemas, Neville Ash.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cerimônia de Abertura

Ocorreu, no dia 28 de agosto pela manhã, em uma das propriedades da Bacia do Espalha, a inauguração oficial do presente projeto, que contou com a presença de representantes dos diversos parceiros envolvidos, a saber: Prefeitura Municipal de Paracatu e suas respectivas Secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente, Kinross Paracatu, Faculdade do Noroeste de Minas – FINOM, Associação dos Produtores e Agricultores Familiares da Bacia do Espalha, Instituto Estadual de Florestas – IEF, e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – EMATER/MG. Somente os representantes da Universidade de Brasília, uma das parceiras do projeto, não estiveram presentes.

Durante o evento foi ressaltada a importância que o projeto representa para todo o município de Paracatu, principalmente no que se refere à conservação de seus ambientes naturais, desenvolvimento das propriedades localizadas na Bacia, produção científica por parte da comunidade acadêmica e conscientização e melhoria da qualidade de vida de toda a população paracatuense.

Ao final da cerimônia, foram entregues aos produtores as chaves de um trator e de uma retroescavadeira cedidas pela Kinross Paracatu e pela Secretaria Municipal de Agricultura, que já se encontram em funcionamento na estruturação das curvas de nível e barraginhas previstas pelo projeto.